Fetichismo e escolha de objeto na primeira infância

Autores

  • Moshe Wulff Psicanalista

Palavras-chave:

fetichismo, sexualidade infantil, oralidade, ansiedade de castração, relação com a mãe, primeira infância

Resumo

Tradução (da versão inglesa): Daniela Schmidt.
Revisão: Eliana Borges Pereira Leite e Renato Mezan.

Baseado em cinco exemplos clínicos, o texto discute a existência do fetichismo em crianças entre um ano e meio e cinco anos. Por aceitar a teoria de Freud acerca dessa perversão – que se trata da substituição do falo materno inexistente por um objeto que adquire as características de um fetiche – o autor não acredita que crianças tão pequenas possam ter chegado ao estágio no qual essa substituição é possível – segundo Freud, na época do complexo de Édipo, ou seja, ao redor dos cinco anos de idade. Conseqüentemente, sugere que a escolha de um objeto privilegiado para garantir a segurança emocional da criança deve ser explicada por meio do conceito de sexualidade pré-genital, em particular no seu aspecto oral.

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Biografia do Autor

Moshe Wulff, Psicanalista

(1878-1971) foi um dos pioneiros da Psicanálise na Rússia, e posteriormente em Israel. Escreveu o livro A alma infantil (1946) e diversos artigos em alemão, russo, inglês e hebraico, mencionados na Apresentação que o Prof. Décio Gurfinkel – a quem agradecemos a indicação do texto – redigiu para a presente tradução.

Referências

Da apresentação:

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Do artigo:

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Publicado

30-06-2008

Como Citar

Wulff, M. (2008). Fetichismo e escolha de objeto na primeira infância. Percurso, 21(40), 9–24. Recuperado de https://percurso.openjournalsolutions.com.br/index.php/ojs/article/view/1095