Psicanálise

uma leitura da condição humana

Autores

  • Benilton Bezerra Junior Universidade Estadual do Rio de Janeiro
  • Luis Claudio Figueiredo Universidade de São Paulo
  • Luis Hornstein Sociedad Psicoanalítica del Sur
  • Gisela Haddad
  • Vera Zimmermann

Resumo

Cada época apresenta desafios e impasses inéditos que nos obrigam a reler a história do homem a partir das transformações trazidas pelos novos fatos culturais, políticos e econômicos ou pelas novas ideologias, crenças e certezas. Pensar o homem exige que se leve em conta o contexto histórico da cultura, seus estilos de existência e suas relações de poder. A psicanálise nasceu como uma resposta à história da subjetividade do Ocidente no século passado e empreendeu uma leitura inédita sobre o sujeito, ao oferecer-lhe um saber que ele insistia não querer saber, revelando-lhe uma dimensão mais além. Se esta resistência persiste e os sintomas psíquicos seguem sendo erros, ainda que o campo das subjetividades tenha dimensões universais, ele se abre e é afetado pelas transformações históricas e sociais. Diante de tais mudanças nós, psicanalistas, temos nos ocupado em discutir os novos desafios com os quais nos confrontamos na tarefa de manter a essência de nosso trabalho. Dentre os debates produzidos, percebe-se que muitas vezes acabamos por privilegiar olhares nostálgicos ou mesmo pessimistas em relação ao lugar que a psicanálise ocupa ou poderá vir a ocupar no futuro. Para além das primeiras impressões e impactos das mudanças contemporâneas sentimo-nos convocados a continuar buscando novas reflexões que possam levar em conta a complexidade deste mundo pós-moderno. No intuito de prosseguir tais discussões e tomando como fio de orientação o tema eleito para este número da Revista Percurso, “Erro no âmbito da clínica e da teoria”, a sessão Debates convidou três colegas para responder a seguinte questão: Se o erro, ou melhor, o que a psicanálise insiste em revelar ao sujeito a sua revelia, é parte integrante do saber e da intervenção psicanalítica, seu paradoxo e sua razão de ser, o que podemos esperar do lugar da psicanálise na cultura nas próximas décadas e dos desafios que temos na continuidade de nossa tarefa?

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Biografia do Autor

Benilton Bezerra Junior, Universidade Estadual do Rio de Janeiro

É psicanalista, professor do Instituto de Medicina Social e pesquisador do PEPAS – Programa de Estudos da Ação e do Sujeito, na UERJ. Autor de “O ocaso da interioridade e suas repercussões sobre a clínica”, em Carlos Alberto Plastino (org.), Transgressões (2002) e “O filme como meio de experimentação subjetiva”, em Cristiana Facchinetti (org.), Lições de psicanálise (2002), entre outros.

Luis Claudio Figueiredo, Universidade de São Paulo

É psicanalista, professor da USP e da PUCSP, autor dos livros Psicanálise. Elementos para a Clínica Contemporânea (Escuta, 2003) e As diversas faces do cuidar (Escuta, 2009, no prelo), entre outros. Agradeço a Nelson Coelho Junior pela leitura e sugestões a uma versão preliminar.

Luis Hornstein, Sociedad Psicoanalítica del Sur

É psicanalista, presidente da Sociedad Psicoanalítica del Sur (S.P. S.) e da Fundación para la Investigación de la Depresión (FUNDEP). Autor de diversos livros, entre os quais, Narcisismo; Intersubjetividad y Clínica; Proyecto terapéutico; Las depresiones (Paidós) e muitos artigos e capítulos de livros publicados em revistas nacionais e estrangeiras.

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Publicado

30-06-2009

Como Citar

Bezerra Junior, B., Figueiredo, L. C., Hornstein, L., Haddad, G., & Zimmermann, V. (2009). Psicanálise: uma leitura da condição humana. Percurso, 22(42), 139–146. Recuperado de https://percurso.openjournalsolutions.com.br/index.php/ojs/article/view/1157

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