O que a arte pode ensinar aos psicanalistas

Autores

  • Lia Fernandes Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos

Palavras-chave:

Psicanálise, arte, interpretação, contemporaneidade, criação, estética

Resumo

Poderíamos, como psicanalistas, ouvir uma obra de arte sem considerá-la como mero suporte de fantasias inconscientes do autor? Esse trabalho propõe tomar a produção artística como revelação própria de cada artista acerca do humano, das alienações, angústias e excessos inominados de um tempo histórico. Além disso, destaca o enigma inerente ao fazer artístico em relação ao qual ao analista caberia mais aprender do que decifrar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lia Fernandes, Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos

É psicanalista, membro do Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos, SP, membro do Departamento de Psicanálise da Criança do Instituto Sedes Sapientiae, mestre em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do rio de Janeiro (UFRJ) e autora de O olhar do engano: autismo e Outro primordial (Escuta, 2000).

Referências

Barros M. (2004). O livro das ignorãças. Rio de Janeiro: Record.

Barthes R. (2007). Aula. São Paulo: Cultrix.

Campos P. M. (2005). O amor acaba. In: Werneck H. (org., introd. e notas). Boa companhia: crônicas. São Paulo: Companhia das Letras.

Castello J. (1999). Inventário das sombras. Rio de Janeiro: Record.

Derrida J. (2005). Freud e a cena da escritura. In: A escritura e a diferença. São Paulo: Perspectiva.

_____. (2007). O carteiro da verdade. In: O cartão-postal. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Fernandes L. R. (2000). De volta ao chiste. In: O olhar do engano: autismo e Outro primordial. São Paulo: Escuta.

Freud S. (1905/1980). Os chistes e sua relação com o inconsciente. In: Edição Standard das Obras Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago.

_____. (1995). Projeto de uma psicologia. Trad. Osmyr Faria Gabbi Junior. Rio de Janeiro: Imago.

Jerusalinsky A. (1995). Camille Claudel: uma neurose obsessiva feminina. Revista da Associação Psicanalítica de Porto Alegre. Porto Alegre.

Kafka F. A ponte. In: Paes, J. P. Contos fantásticos. São Paulo: Ática.

_____. (2002). Narrativas do espólio (1914-1924). Trad. e posfácio de Modesto Carone. São Paulo: Companhia das Letras.

Lacan J. (1999). O seminário, livro 5: As formações do inconsciente (1957-1958). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

_____ (1991). O seminário, livro 7: A ética da psicanálise (1959-1960). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

_____ (1988). O seminário, livro 11: Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise (1963-1964). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Lapporte D. (1984). Aprés-coup, Le discours psychanalytique. Écritures manantes: questions sur le désir d'écrire. Paris, année IV, (4), dec.

Lispector C. (2009). A paixão segundo G.H. Rio de Janeiro: Rocco.

Mandelbaum I. (2003). Franz Kafka: um judaísmo na ponte do impossível. São Paulo: Perspectiva.

Mezan R. (1988). O enigma da esfinge. São Paulo: Brasiliense.

Paes J. P. (org) Contos fantásticos. São Paulo: Ática.

Pommier G. Conferência realizada em 19 ago. 1986 em Niterói. Inédito.

Rosa G. (1985) Tutameia: terceiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

Souza E. L. A. (2001). Totumcalmun. A condição de exílio da escrita. In: Bartucci G. (org.). Psicanálise, literatura e estéticas de subjetivação. Rio de Janeiro: Imago.

Downloads

Publicado

31-12-2009

Como Citar

Fernandes, L. (2009). O que a arte pode ensinar aos psicanalistas. Percurso, 22(43), 47–60. Recuperado de https://percurso.openjournalsolutions.com.br/index.php/ojs/article/view/1173