Contra a máquina de descerebrar. O que (ainda) pode a psicanálise?

Autores

  • Ana Helena de Staal Société de Psychanalyse Freudienne

Palavras-chave:

pensamento operatório, função psicanalítica da personalidade, ódio, paixão-triste, subjetivação, redes sociais, sujeiticídio

Resumo

Num dos seus últimos livros, o psicanalista americano Christopher Bollas sustenta que, através das práticas das redes sociais, a fobia do mundo interno e o pensamento operacionalista acabaram por se apresentar como uma (falsa) resposta universal e automática à necessidade de significação manifestada pelo ser humano. O que pode a psicanálise diante de tal hipótese? De que conceitos ela dispõe para pensar o empobrecimento psíquico e o ódio que parecem cristalizar a dor de pensar que caracteriza nossa época?

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Biografia do Autor

Ana Helena de Staal, Société de Psychanalyse Freudienne

É psicanalista e psicossomatista, membro da Société de Psychanalyse Freudienne (SPF). Ex-chefe de edição da revista Chimères, fundada por G. Deleuze e F. Guattari, ela dirige atualmente Ithaque, editora parisiense especializada em psicanálise e filosofia. Ela traduziu e publicou em francês a maior parte dos seminários de W. R. Bion, assim como o trabalho de autores contemporâneos importantes como Christopher Bollas, Thomas Ogden e André Green. Vive e trabalha em Paris.

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Publicado

28-06-2019

Como Citar

Staal, A. H. de. (2019). Contra a máquina de descerebrar. O que (ainda) pode a psicanálise?. Percurso, 31(62), 42–49. Recuperado de https://percurso.openjournalsolutions.com.br/index.php/ojs/article/view/147