O inscrito e o opaco: faces estéticas do inconsciente freudiano
DOI:
https://doi.org/10.70048/percurso.72.61-70Palavras-chave:
inconsciente, Freud, estética, representaçãoResumo
A noção de inconsciente em Freud é debitária de duas formulações do conceito que estavam em circulação na estética do século XIX. A primeira é a do inconsciente como um texto cifrado, incompreensível a olho nu, mas que pode ser revelado
pela interpretação. A segunda é a do inconsciente como fundamentalmente inapreensível e resistente à representação. Este artigo busca referir o conceito de inconsciente a essas origens, analisando como a tensão entre essas duas acepções do termo é preservada na psicanálise.
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