Lugar de escuta: Por uma psicanálise antirracista no Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae

Autores

  • Noemi Moritz Kon Instituto Sedes Sapientiae

DOI:

https://doi.org/10.70048/percurso.74.95-104

Palavras-chave:

racismo, psicanálise, formação em psicanálise

Resumo

Este texto foi atualizado a partir daquele que apresentei na segunda etapa do evento “Política de cotas: uma questão urgente para as instituições de formação psicanalíticas”, promovido em 2022 pelo grupo “A cor do mal-estar: psicanálise e racismo – da invisibilidade do trauma ao letramento”, do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Fui convidada então, como agora, para dar meu testemunho sobre a primeira fase do movimento de luta antirracista no Departamento de Psicanálise, momento em que iniciamos um trabalho sobre a relação entre a psicanálise e o racismo no Brasil. A comemoração de 40 anos de nosso Departamento, sob o mote das transformações da psicanálise no mundo, no Brasil e no Departamento, tema geral deste número da Percurso, me parece ser uma boa oportunidade para recuperar parte da memória e ressituar em nossa história institucional a questão étnico-racial como elemento fundamental, mas tantas vezes recusado, de revisão e de aprimoramento da psicanálise no Brasil e no mundo.

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Biografia do Autor

Noemi Moritz Kon, Instituto Sedes Sapientiae

É psicanalista, membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, mestre e doutora pelo Departamento de Psicologia Social do Instituto de Psicologia da USP e autora de Freud e seu duplo (Edusp/Fapesp, 1996), A viagem: da literatura à psicanálise (Companhia das Letras, 2006) e coorganizadora com Cristiane Curi Abud e Maria Lúcia da Silva de O racismo e o negro no Brasil: questões para a psicanálise (Perspectiva, 2017). Docente no curso de Psicanálise, membro do grupo de trabalho “A cor do mal-estar: psicanálise e racismo – da invisibilidade do trauma ao letramento” e do “Generidades: identidades gêneros e desejo” do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Participa também do “Grupo de Psicanalistas Atent@s às questões étnico-raciais” do Instituto AMMA, Psique e Negritude.

Referências

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Kon N.M.; Majolo T.P. (2020). O que podemos diante dos perversos?, El País, 28 maio. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-05-28/o-que--podemos-diante-dos-perversos.html>. Acesso em: 30 maio 2025.

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Publicado

02-10-2025

Como Citar

Kon, N. M. (2025). Lugar de escuta: Por uma psicanálise antirracista no Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Percurso, 37(74), 95–104. https://doi.org/10.70048/percurso.74.95-104