Lugar de escuta: Por uma psicanálise antirracista no Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae
DOI:
https://doi.org/10.70048/percurso.74.95-104Palavras-chave:
racismo, psicanálise, formação em psicanáliseResumo
Este texto foi atualizado a partir daquele que apresentei na segunda etapa do evento “Política de cotas: uma questão urgente para as instituições de formação psicanalíticas”, promovido em 2022 pelo grupo “A cor do mal-estar: psicanálise e racismo – da invisibilidade do trauma ao letramento”, do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Fui convidada então, como agora, para dar meu testemunho sobre a primeira fase do movimento de luta antirracista no Departamento de Psicanálise, momento em que iniciamos um trabalho sobre a relação entre a psicanálise e o racismo no Brasil. A comemoração de 40 anos de nosso Departamento, sob o mote das transformações da psicanálise no mundo, no Brasil e no Departamento, tema geral deste número da Percurso, me parece ser uma boa oportunidade para recuperar parte da memória e ressituar em nossa história institucional a questão étnico-racial como elemento fundamental, mas tantas vezes recusado, de revisão e de aprimoramento da psicanálise no Brasil e no mundo.
Downloads
Referências
Carneiro A.S. (2005). A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. Tese (doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
Kon N.M.; Abud C.C.; Silva M.L. (2017). O racismo e no negro no Brasil: questões para a psicanálise. São Paulo: Perspectiva.
Kon N.M.; Majolo T.P. (2020). O que podemos diante dos perversos?, El País, 28 maio. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-05-28/o-que--podemos-diante-dos-perversos.html>. Acesso em: 30 maio 2025.
Mannoni O. (1950/2024). Psicologia da colonização. São Paulo: Perspectiva.
Mills C.W. (2007). White ignorance. In: Sullivan S.; Tuana N. (eds.), Race and epistemologies of ignorance. Albany, NY: SUNY Press, p. 11-38. Disponível em: <https://philarchive.org/archive/SANIB>.