O que pode um psicanalista no Sistema Único de Saúde (SUS)?

Autores

  • Cleusa Pavan Instituto Sedes Sapientiae

Palavras-chave:

HumanizaSUS, Clínica, Política, Saúde Pública

Resumo

Este artigo, relato de experiência de uma psicanalista no SUS, está em sintonia e complementaridade com o artigo publicado na Percurso 59 “HumanizaSUS e a escuta do indeterminado”72. Trata-se, nesta ocasião, de dar a conhecer uma prática clínico-ético-política, trabalho de escuta, análise de demanda, construção compartilhada e acompanhamento de um processo de intervenção em e com um território de atenção à saúde da cidade de São Paulo. Trata-se ainda de apontar alguns dos desafios colocados para os psicanalistas em seu encontro com as demandas da Saúde Pública/Saúde Coletiva, além de refletir sobre as dimensões políticas da clínica quando convocada a uma prática fora dos espaços convencionais, em conexão com fluxos de trabalhadores, usuários, movimentos culturais e sociais.

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Biografia do Autor

Cleusa Pavan, Instituto Sedes Sapientiae

É psicanalista e analista institucional, bacharel em Filosofia (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH-USP)), membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, consultora da PNH-MS (2006-2015), professora do Curso de Psicopatologia e Saúde Pública da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de SP. Atualmente trabalha com Formação e Apoio Institucional a equipes de trabalhadores, gestores e usuários do SUS e em consultório particular.

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Publicado

31-12-2018

Como Citar

Pavan, C. (2018). O que pode um psicanalista no Sistema Único de Saúde (SUS)?. Percurso, 31(61), 44–54. Recuperado de https://percurso.openjournalsolutions.com.br/index.php/ojs/article/view/169

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