Os impasses na subjetivação-construção do corpo no autismo
Palavras-chave:
oralidade, autismo, corpo erógeno, função materna, subjetivaçãoResumo
O texto propõe uma reflexão acerca da construção do corpo erógeno e das vias de satisfação pulsional a partir dos impasses subjetivos apresentados pela criança autista. Sabemos que o corpo se constitui a partir do traçado erótico demarcado nos encontros primordiais, onde a função materna inscreve superfícies e bordas, colocando em circulação o desejo e a possiblidade amorosa. Sem deixar de considerar os enigmas oferecidos pela configuração autística, pretende-se apresentar algumas elaborações acerca dos impasses na subjetivação-construção do corpo no autismo, retomando experiências clínicas registradas desde o caso Dick apresentado por Melanie Klein em 1930 até autores expressivos da atualidade.
Downloads
Referências
Castel P-H. (1994). Amor. In Dicionário de Psicanálise Freud e Lacan. Bahia: Ágalma.
Freud S. (1915/1979). As pulsões e seus destinos. In Artigos sobre Metapsicologia. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas
de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, vol xiv.
Kupfer M.C. (2008). Autismo: uma Estrutura Decidida? Uma contribuição dos estudos sobre bebês para a clínica do autismo. In D. Teperman
(org.), O Que os Bebês Provocam nos Psicanalistas. São Paulo: Escuta.
Laznik-Penot M.-C. (1991). Do Fracasso da Instauração da Imagem do Corpo ao Fracasso da Instauração do Circuito Pulsional: quando a
alienação faz falta. In M. C. Laznik-Penot (org.), O que a Clínica do Autismo Pode Ensinar aos Psicanalistas. Salvador: Ágalma.
Bernardino L.; Laznik M-C.; Araujo G. (2011). As vicissitudes do encontro mãe/bebê: um caso de depressão. Estudos de Psicanálise, Minas
Gerais, n. 35, jul.
Moura P.; Sato F.; Mercadante M. (2000). Bases Neurobiológicas do Autismo: enfoque no domínio da sociabilidade, Brain, v. 123.