A noção de elaboração imaginativa e a concepção de fantasia na obra de Winnicott

Autores

  • Marcia R. Bozon de Campos Instituto Sedes Sapientiae
  • Leopoldo Fulgencio Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

fantasia, elaboração imaginativa, Winnicott, integração psicossomática, narratividade

Resumo

A concepção de Winnicott de fantasia e sua relação com o trabalho de elaboração imaginativa, inicialmente das funções corporais e posteriormente de outras experiências encarnadas ao longo de toda a vida, nos auxilia na compreensão da constituição do psiquismo a partir da relação com o objeto subjetivo em direção às relações objetais. Nesse contexto, a elaboração imaginativa das funções corporais é considerada um recurso da natureza humana responsável por esculpir a área do informe na qual a criança está imersa inaugurando o esboço de uma narratividade futura.

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Biografia do Autor

Marcia R. Bozon de Campos, Instituto Sedes Sapientiae

É psicóloga, psicanalista. Membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, onde coordena o Grupo de Leitura: Estudos sobre a obra de Winnicott. Doutoranda no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP), coordenadora e docente do curso de aperfeiçoamento “O corpo na clínica” no Instituto Sedes.

Leopoldo Fulgencio, Universidade de São Paulo

É professor Livre Docente do Departamento de Psicologia da Educação, do Desenvolvimento e da Personalidade do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.

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Publicado

30-06-2022

Como Citar

Campos, M. R. B. de, & Fulgencio, L. (2022). A noção de elaboração imaginativa e a concepção de fantasia na obra de Winnicott. Percurso, 34(68), 53–64. Recuperado de https://percurso.openjournalsolutions.com.br/index.php/ojs/article/view/24