Rabiscos em transferência

Autores

  • Lia Pitliuk Instituto Sedes Sapientiae

Palavras-chave:

figurabilidade, sonho, ligação, transferência, jogo dos rabiscos, Winnicott

Resumo

A psicanálise contemporânea tem atribuído lugar de honra à função do sonhar enquanto atividade simbolizante, e entre seus elementos constituintes ressalto a figurabilidade, resgatada da análise freudiana dos sonhos noturnos e tomada como trabalho psíquico do e no espaço intermediário entre analista e analisante. No mesmo sentido que a construção, a figurabilidade se revela como um operador fundamental de ligação – produtor, portanto, de novas realidades. Isto é investigado no jogo dos rabiscos de uma consulta terapêutica de Winnicott, e num momento fundamental do processo analítico com um de meus analisantes.

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Biografia do Autor

Lia Pitliuk, Instituto Sedes Sapientiae

É psicanalista, supervisora clínica, coordenadora de grupos de estudo. Membro dos departamentos de Psicanálise e de Psicanálise da Criança do Instituto Sedes Sapientiae de São Paulo. Docente nos cursos Psicanálise da criança e Leituras psicanalíticas do brincar, do mesmo Instituto. Autora de “Modos de ser: compondo com Espinosa e Rodulfo”, in Psicossoma III: Interfaces da Psicossomática (Casa do Psicólogo, 2003); “Um mal-estar no feminino: contribuição ao estudo sobre o ‘não querer se analisar’”, in Interlocuções sobre o feminino na clínica, na teoria, na cultura (Escuta, 2008) e “Interpretação na clínica psicanalítica com crianças”, in Psicanálise com crianças – perspectivas teórico-clínicas (Casa do Psicólogo, 2008), entre outros.

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Publicado

31-12-2013

Como Citar

Pitliuk, L. (2013). Rabiscos em transferência. Percurso, 26(51), 50–55. Recuperado de https://percurso.openjournalsolutions.com.br/index.php/ojs/article/view/1352