Diálogos (im)pertinentes: Psicanálise, teorias queer, transgeneridades

Autores

  • Jô Gondar Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

psicanálise, teorias queer, gênero, diferença sexual

Resumo

Propõe-se um diálogo entre a psicanálise, os estudos de gênero e as teorias queer, destacando as contribuições destes últimos para a reatualização do pensamento psicanalítico sobre a sexualidade. Sua crítica principal reside no fato de a psicanálise abraçar a divisão masculino/feminino como as duas únicas formas possíveis de experenciar o sexo. Examinam-se as tentativas de superar esse binarismo em Lacan, Winnicott e Ferenczi para, finalmente, realçar o que a psicanálise tem a dizer sobre as questões de gênero de nossa atualidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jô Gondar, Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro

É psicanalista, membro efetivo do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro, professora titular da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, membro do comitê executivo da International Sándor Ferenczi Network e da International Federation of Psychoanalytic Societies, vice-presidente do Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi.

Referências

Benjamin W. (1940/1985). Walter Benjamin, Obras escolhidas, vol. 1. São Paulo: Brasiliense.

____. (1927-1940/2006). Passagens. Org. ed. bras. Willi Bolle. Belo Horizonte: Editora UFMG; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.

Ayouch T. (2014). A diferença entre os sexos na teorização psicanalítica: aporias e desconstruções. Revista Brasileira de Psicanálise, n. 48.

Butler J. (2019). Corpos em aliança: notas para uma teoria performativa da assembleia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

David-Ménard M. (1997). Les constructions de l’universel. Psychanalyse, Philosophie. Paris: PUF.

Derrida J. (1972). Positions. Paris: Les Éditions de Minuit.

____. (1972). Marges de la philosophie. Paris: Les Éditions de Minuit.

Ehrenberg A. (2010). La societé du malaise. Paris: Odile Jacob.

Ferenczi, S. (1924/1993). Thalassa. Ensaio sobre a genitalidade. In Obras completas, Psicanálise III. São Paulo: Martins Fontes.

Freud S. (1930[1929]-1976). O mal-estar na civilização. In ESB. Rio de Janeiro: Imago, vol. 21.

____. (1939/1976). Moisés e o monoteísmo. In ESB. Rio de Janeiro: Imago, vol. 23.

Héritier F. (1996 e 2002). Masculin/Féminin, 2 vols. Paris: Odile Jacob.

Hirata H. et al. (2009). Dicionário crítico do feminismo. São Paulo: Ed. UNESP.

Lacan J. (1972/1985). O Seminário. Livro 20: Mais, ainda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Laplanche J. (2007). La sexualité élargie au sens freudien. Paris: PUF.

Latour B. (1994). Jamais fomos modernos. Ensaio de antropologia simétrica. São Paulo: Ed. 34.

Preciado P.B. (2011). Multidões queer: notas para uma política dos anormais, Estudos Feministas, Florianópolis, v.19.

Said E. (2004). Freud e os não europeus. São Paulo: Boitempo.

Tort M. (2005). Fin du dogme paternel. Paris: Aubier.

Winnicott D.W. (1951/2000). Objetos transicionais e fenômenos transicionais. In: Da pediatria à psicanálise: Obras escolhidas. Rio de Janeiro: Imago.

Downloads

Publicado

30-06-2022

Como Citar

Gondar, J. (2022). Diálogos (im)pertinentes: Psicanálise, teorias queer, transgeneridades. Percurso, 34(68), 33–42. Recuperado de https://percurso.openjournalsolutions.com.br/index.php/ojs/article/view/22