Tempos sombrios novos: desafios para a psicanálise

Autores

  • Mario Pablo Fuks Instituto Sedes Sapientiae

Resumo

Realização: Ana Claudia Patitucci, Bela M. Sister, Cristina Parada Franch, Danielle Melanie Breyton, Deborah Joan de Cardoso, Silvio Hotimsky e Tatiana Inglez-Mazzarella

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Biografia do Autor

Mario Pablo Fuks, Instituto Sedes Sapientiae

Nascido na Argentina, é psiquiatra de formação. Desde os tempos de escola, se interessou pela psicanálise, que impregnava o ambiente cultural de Buenos Aires nas décadas de 1950 e 1970. Teve o privilégio de frequentar cursos e seminários de psicanálise, linguística e epistemologia ministrados por figuras proeminentes na Argentina, como José Bleger, Pichon-Rivière, Fernando Ulloa, Ángel Garma, Gilou Garcia Reinoso, Raúl Sciarretta, Isidoro Berenstein, entre outros. Já formado, Mario trabalhou no Serviço de Psicopatologia do Hospital Dr. Gregorio Araoz Alfaro, na cidade de Lanús, que era dirigido por Mauricio Goldemberg, com um espírito pluralista e democrático, que constituiu um marco nas práticas ligadas à saúde e à doença mental. Lecionou Psicologia Médica na Faculdade de Medicina da UNBA e, posteriormente, na Faculdade de Psicologia; tais atividades lhe propiciaram experiências muito ricas, no plano teórico e pedagógico, mas foram interrompidas, em 1966, quando da intervenção militar na Universidade. Em 1968, assumiu o cargo de médico-chefe do Departamento de Adultos do Serviço de Psicopatologia do Policlínico de Lanús. Em 1974, coordenou o serviço de clínica psiquiátrica e Interconsulta da cátedra de Psicologia Médica da Faculdade de Medicina no Hospital-Escola General San Martin. Participou indiretamente do movimento dissidente Plataforma, que questionava o autoritarismo e a centralização de poder da Associação Psicanalítica Argentina, assim como a formação elitista e desvinculada da realidade social e política que ela oferecia. Engajado no movimento dos trabalhadores da Saúde Mental, coordenou o Plano Piloto de formação do Centro de Docência e Investigação (CDI), da Coordenadoria de Trabalhadores da Saúde Mental. Engajou-se também na luta política contra o golpe de Estado, de 1966, e, em 1976, contra o novo golpe que instalou uma ditadura militar ainda mais violenta que a anterior. Coagido pelas forças repressivas, Mario precisou exilar-se, às pressas, com sua mulher, Lucía, também psicanalista. Chegaram ao Brasil em maio de 1977, onde a generosa e engajada acolhida de Madre Cristina, fundadora e diretora do Instituto Sedes Sapientiae, foi decisiva para o casal se estabelecer em São Paulo. Logo se integraram ao Curso de Psicoterapia de Orientação Psicanalítica, que havia passado por uma grave crise. Um dos principais objetivos desse curso era democratizar o acesso à teoria e à prática psicanalítica, e, nele, Mario e Lucía, passaram a ministrar seminários teóricos e supervisões clínicas, individuais e em grupo. Atualmente, Mario é professor do Curso de Psicanálise e coordenador do Curso de Psicopatologia Psicanalítica e Clínica Contemporânea, do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. 

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Publicado

30-06-2020

Como Citar

Fuks, M. P. (2020). Tempos sombrios novos: desafios para a psicanálise. Percurso, 32(64), 79–94. Recuperado de https://percurso.openjournalsolutions.com.br/index.php/ojs/article/view/89

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