Comoção, repercussão e criação

Autores

  • Eugênio Canesin Dal Molin Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi

DOI:

https://doi.org/10.70048/percurso.73.45-54

Palavras-chave:

Sándor Ferenczi, trauma, comoção, repercussão psíquica, criação

Resumo

Com base nas ideias de Ferenczi, este artigo explora aspectos da dinâmica do “trauma” e seus efeitos no funcionamento psíquico. A problematização centra-se em dois conceitos: o choque (ou comoção) como evento disruptivo inicial e o processo de repercussão psíquica, que pode culminar em um movimento de criação. Através de personagens conceituais, defendo que a transformação de vivências traumáticas em produções criativas é essencial e frequente, especialmente quando essas vivências são compartilhadas e reconhecidas pelo ambiente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eugênio Canesin Dal Molin, Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi

Eugênio Canesin Dal Molin é psicanalista. Doutor pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP). Membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae e Membro fundador do Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi (GBPSF). Professor dos cursos de Especialização em Teoria Psicanalítica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Cogeae/PUC-SP) e Psicopatologia e Saúde Pública da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Foi coordenador da Comissão Científica da 14a Conferência Internacional Sándor Ferenczi (São Paulo, SP, Brasil).

Referências

Bandeira M.L. (2016). Percepção e fantasia: delineamentos a partir da metapsicologia freudiana. Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. doi:10.11606/T.47.2017.tde-17022017-160647. Recuperado em 2024-10-17, de www.teses.usp.br

Benjamin W. (1994). Sobre o conceito de história. In Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura, p.222-232. São Paulo: Brasiliense. p. 222-232.

____. (1994). História cultural do brinquedo. In Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense. p. 244-248.

Brabant E; Falzeder E.; Giampieri-Deutsch P. (eds.) (1993). The correspondence of Sigmund Freud and Sándor Ferenczi, v. I, 1908-1914. Cambridge/MA and London: Harvard University Press.

Brabant E; Falzeder E.; Giampieri-Deutsch P. (eds.) (2000). The correspondence of Sigmund Freud and Sándor Ferenczi, v. III, 1920-1933. Cambridge/MA and London: Harvard University Press.

Cicoria T. (2014). The electrifying story of the accidental pianist & composer. Missouri Medicine, v. 111, n. 4, Jul-Aug, p. 308.

Coelho Junior N.E. (2019). From Ogden to Ferenczi. The constitution of a contemporary clinical thought. American Journal of Psychoanalysis, 79, p. 468-483. https://doi.org/10.1057/s11231-019-09218-x.

Dal Molin E. (2016). O terceiro tempo do trauma. São Paulo: Perspectiva.

____. (2024). Trauma, conceito aberto. Cadernos de Psicanálise – CPRJ, v. 46, n. 50, p. 19-38, 7 ago.

Deleuze G.; Guattari F. (1997). O que é a filosofia? São Paulo: Editora 34.

Ferenczi S. (1909/2011). Introjeção e transferência. In Psicanálise I. Trad. A. Cabral. São Paulo: Martins Fontes. p. 87-124.

____. (1911/2011). Palavras obscenas. Contribuição para a psicologia do período de latência. In Psicanálise I. Trad. A. Cabral. São Paulo: Martins Fontes. p. 125-138.

____. (1912/2011). O conceito de introjeção. In Psicanálise I. Trad. A. Cabral. São Paulo: Martins Fontes. p. 209-212.

____. (1913/2011). Um pequeno homem-galo. In Psicanálise II. Trad. A. Cabral. São Paulo: Martins Fontes. p. 69-76.

____. (1917/2011). Consequências psíquicas de uma “castração” na infância. In Psicanálise II. Trad. A. Cabral. São Paulo: Martins Fontes. p. 343-348.

____. (1930/2011). Princípio de relaxamento e neocatarse. In Psicanálise IV. Trad. A. Cabral. São Paulo: Martins Fontes. p. 53-68.

____. (1931/2011). Análise de crianças com adultos. In Psicanálise IV. Trad. A. Cabral. São Paulo: Martins Fontes. p. 79-95.

____. (1931/2011). Reflexões sobre o trauma, Da revisão de A interpretação dos sonhos. In Psicanálise IV. Trad. A. Cabral. São Paulo: Martins Fontes. p. 125-135.

____. (1933/2011). Confusão de línguas entre os adultos e a criança. In Psicanálise IV. Trad. A. Cabral. São Paulo: Martins Fontes. p. 111-121.

____. (1932/1988). The clinical diary of Sándor Ferenczi. Cambridge, MA: Harvard University Press.

Foucault M. (1969/2001). O que é um autor?. In Ditos e escritos II. Rio de Janeiro: Forense Universitária. p. 41-60.

Freud S. (1895). Project for a Scientific Psychology. In SE I. p. 283-398.

____. (1924) The Dissolution of the Oedipus Complex. In SE XIX. p.173-182.

Gondar J. (2022). Diálogos (im)pertinentes: Psicanálise, teorias queer, transgeneridades. Percurso, n. 68, p. 33-42. Recuperado de https://percurso.openjournalsolutions.com.br/index.php/ojs/article/view/22.

Kupermann D. (2023). Discussão na mesa “Ferenczi: pensador político, clínico do reconhecimento”, no Colóquio Internacional Distopia e Clínica do Social, coordenado por Marília Etienne Arreguy e realizado pelo Grupo Alteridade Psicanálise Educação – GAP(e)/UFF-CNPQ.

Mezan R. (2014). O tronco e os ramos. São Paulo: Companhia das Letras.

Milner M. (1952/1991). O papel da ilusão na formação simbólica. In A loucura suprimida do homem são. Rio de Janeiro: Imago. p. 102.

Sacks O. (2007). Alucinações musicais: relatos sobre a música e o cérebro. São Paulo: Companhia das Letras.

Zygouris R. (1998). L’enfant de la jubilation. Disponível em https://www.radmila-zygouris.com/lenfant-de-la-jubilation/.

Downloads

Publicado

09-04-2025

Como Citar

Molin, E. C. D. (2025). Comoção, repercussão e criação. Percurso, 36(73), 45–54. https://doi.org/10.70048/percurso.73.45-54