Comoção, repercussão e criação
DOI:
https://doi.org/10.70048/percurso.73.45-54Palavras-chave:
Sándor Ferenczi, trauma, comoção, repercussão psíquica, criaçãoResumo
Com base nas ideias de Ferenczi, este artigo explora aspectos da dinâmica do “trauma” e seus efeitos no funcionamento psíquico. A problematização centra-se em dois conceitos: o choque (ou comoção) como evento disruptivo inicial e o processo de repercussão psíquica, que pode culminar em um movimento de criação. Através de personagens conceituais, defendo que a transformação de vivências traumáticas em produções criativas é essencial e frequente, especialmente quando essas vivências são compartilhadas e reconhecidas pelo ambiente.
Downloads
Referências
Bandeira M.L. (2016). Percepção e fantasia: delineamentos a partir da metapsicologia freudiana. Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. doi:10.11606/T.47.2017.tde-17022017-160647. Recuperado em 2024-10-17, de www.teses.usp.br
Benjamin W. (1994). Sobre o conceito de história. In Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura, p.222-232. São Paulo: Brasiliense. p. 222-232.
____. (1994). História cultural do brinquedo. In Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense. p. 244-248.
Brabant E; Falzeder E.; Giampieri-Deutsch P. (eds.) (1993). The correspondence of Sigmund Freud and Sándor Ferenczi, v. I, 1908-1914. Cambridge/MA and London: Harvard University Press.
Brabant E; Falzeder E.; Giampieri-Deutsch P. (eds.) (2000). The correspondence of Sigmund Freud and Sándor Ferenczi, v. III, 1920-1933. Cambridge/MA and London: Harvard University Press.
Cicoria T. (2014). The electrifying story of the accidental pianist & composer. Missouri Medicine, v. 111, n. 4, Jul-Aug, p. 308.
Coelho Junior N.E. (2019). From Ogden to Ferenczi. The constitution of a contemporary clinical thought. American Journal of Psychoanalysis, 79, p. 468-483. https://doi.org/10.1057/s11231-019-09218-x.
Dal Molin E. (2016). O terceiro tempo do trauma. São Paulo: Perspectiva.
____. (2024). Trauma, conceito aberto. Cadernos de Psicanálise – CPRJ, v. 46, n. 50, p. 19-38, 7 ago.
Deleuze G.; Guattari F. (1997). O que é a filosofia? São Paulo: Editora 34.
Ferenczi S. (1909/2011). Introjeção e transferência. In Psicanálise I. Trad. A. Cabral. São Paulo: Martins Fontes. p. 87-124.
____. (1911/2011). Palavras obscenas. Contribuição para a psicologia do período de latência. In Psicanálise I. Trad. A. Cabral. São Paulo: Martins Fontes. p. 125-138.
____. (1912/2011). O conceito de introjeção. In Psicanálise I. Trad. A. Cabral. São Paulo: Martins Fontes. p. 209-212.
____. (1913/2011). Um pequeno homem-galo. In Psicanálise II. Trad. A. Cabral. São Paulo: Martins Fontes. p. 69-76.
____. (1917/2011). Consequências psíquicas de uma “castração” na infância. In Psicanálise II. Trad. A. Cabral. São Paulo: Martins Fontes. p. 343-348.
____. (1930/2011). Princípio de relaxamento e neocatarse. In Psicanálise IV. Trad. A. Cabral. São Paulo: Martins Fontes. p. 53-68.
____. (1931/2011). Análise de crianças com adultos. In Psicanálise IV. Trad. A. Cabral. São Paulo: Martins Fontes. p. 79-95.
____. (1931/2011). Reflexões sobre o trauma, Da revisão de A interpretação dos sonhos. In Psicanálise IV. Trad. A. Cabral. São Paulo: Martins Fontes. p. 125-135.
____. (1933/2011). Confusão de línguas entre os adultos e a criança. In Psicanálise IV. Trad. A. Cabral. São Paulo: Martins Fontes. p. 111-121.
____. (1932/1988). The clinical diary of Sándor Ferenczi. Cambridge, MA: Harvard University Press.
Foucault M. (1969/2001). O que é um autor?. In Ditos e escritos II. Rio de Janeiro: Forense Universitária. p. 41-60.
Freud S. (1895). Project for a Scientific Psychology. In SE I. p. 283-398.
____. (1924) The Dissolution of the Oedipus Complex. In SE XIX. p.173-182.
Gondar J. (2022). Diálogos (im)pertinentes: Psicanálise, teorias queer, transgeneridades. Percurso, n. 68, p. 33-42. Recuperado de https://percurso.openjournalsolutions.com.br/index.php/ojs/article/view/22.
Kupermann D. (2023). Discussão na mesa “Ferenczi: pensador político, clínico do reconhecimento”, no Colóquio Internacional Distopia e Clínica do Social, coordenado por Marília Etienne Arreguy e realizado pelo Grupo Alteridade Psicanálise Educação – GAP(e)/UFF-CNPQ.
Mezan R. (2014). O tronco e os ramos. São Paulo: Companhia das Letras.
Milner M. (1952/1991). O papel da ilusão na formação simbólica. In A loucura suprimida do homem são. Rio de Janeiro: Imago. p. 102.
Sacks O. (2007). Alucinações musicais: relatos sobre a música e o cérebro. São Paulo: Companhia das Letras.
Zygouris R. (1998). L’enfant de la jubilation. Disponível em https://www.radmila-zygouris.com/lenfant-de-la-jubilation/.